Avanço da vacinação reduz afastamentos e gera economia de R$ 2,9 bilhões

Um levantamento da Closecare, startup focada na automatização de atestados, mostrou a relação entre a vacinação e os afastamentos nas empresas pela variante ômicron. A constatação é que em um período de três meses, as empresas economizaram mais de R$ 2,9 bilhões com a redução do tempo de afastamento médio do trabalhador. Foram mais de 70 mil vidas analisadas.

André Camargo, CEO da Closecare

“A Closecare é uma plataforma para médias e grandes empresas realizarem a gestão do atestado médico e de documentos de saúde de seus colaboradores. O foco é ajudar o RH das empresas a tirar esse trabalho operacional das costas e poder dar visibilidade desses dados que dizem muito sobre a saúde do colaborador. Começamos também a incluir os comprovantes de vacinação e correlacionar o número de vacinados e a duração dos atestados médicos”, afirma o CEO da startup, André Camargo.

Pelo levantamento, entre dezembro de 2020 a março de 2021, a média de dias de licença médica foi de 6,56 dias. Entre dezembro de 2021 e fevereiro de 2022, ela diminuiu para 4,6 dias. Com isso, o custo total dos atestados para as empresas passou de R$ 37,5 bilhões para R$ 34,6 bilhões, uma queda de 7,7%. Comparando o percentual de população vacinada, em março de 2021 era de 0,95% do total, no mesmo mês deste ano, passou para 72,24%.

Camargo conta que para o levantamento foram analisados dados de empresas de diferentes setores e portes. “Observamos que há um comportamento diferente entre os setores, como por exemplo, na indústria de call center o número de atestados mensais por funcionário é muito superior. Há uma cultura maior de entrega de atestados em alguns setores, mas o perfil do atestado de Covid dura o mesmo tempo entre as empresas”.

Outra constatação da pesquisa foi a redução da gravidade dos casos, ainda que a proporção de atestados por Covid tenha crescido entre a segunda e a terceira ondas, de 26,43% para 38,24% do total de ocorrências. Com a redução da gravidade, os funcionários voltaram aos seus postos em um tempo 30% mais rápido e, consequentemente, a despesa por cada licença foi reduzida de R$ 1.445,84 para R$ 1.014,22. Para chegar a esses valores foi considerada a renda média do trabalhador de R$ 2.449, segundo dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) referente a outubro de 2021.

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