Venda de caminhões cresce menos de 2% no primeiro quadrimestre de 2022

Apesar da demanda aquecida, mercado não decola por falta de peças nas linhas de montagem

Do Automotive Business

A venda de caminhões em abril somou 9,4 mil unidades e resultou em queda de 7,5% na comparação com março, explicada pelo menor número de dias úteis em virtude dos feriados. Já a média diária de vendas subiu de 460,5 para 493,4 unidades de um mês para outro. O acumulado do quadrimestre teve 36,1 mil caminhões licenciados e registrou pequena alta de 1,6% sobre iguais meses de 2021.

Os números foram divulgados na terça-feira, 3, pela Fenabrave, entidade que reúne as associações de concessionários. O baixo crescimento em 2022 se explica pela falta de componentes eletrônicos, que levou a algumas paralisações na produção

“A demanda por caminhões continua, tanto que, se analisarmos por vendas diárias, o segmento teve alta de 7,1% em abril”, afirma o presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Júnior.

No início do ano a entidade estimou 136,6 mil caminhões entregues e crescimento de 7,3% sobre 2021, o que ainda é possível em razão dos resultados do segundo semestre, normalmente melhor que o primeiro. A Fenabrave deve revisar seus números em um ou dois meses, a partir de um cenário mais claro.

Juntas, VW e Mercedes têm quase 60% do mercado

Entre janeiro e abril a Volkswagen teve 10,8 mil caminhões emplacados, o equivalente a 29,9% do mercado. Da Mercedes-Benz foram 9,9 mil veículos, resultando em 27,4% dos caminhões zero-quilômetro emplacados no quadrimestre.

Em terceira colocação está a Volvo. Teve mais de 7 mil caminhões entregues no quadrimestre, com participação de mercado próxima a 20%. A seguir vêm Iveco (3,4 mil unidades, fatia de 9,4%), Scania (2,6 mil, 7,3%) e DAF (1,9 mil, 5,3%). As outras marcas têm participações inferiores a 1% cada.

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