Pesquisa do setor mostra tendências sustentáveis no mercado de caminhões

Indústria e clientes defendem necessidade de incentivos para quem investir em propulsões mais limpas

Do AutoIndústria

Em mais um evento Conexão Anfavea realizado na quarta-feira, 14, foi divulgada pesquisa inédita sobre o setor de caminhões realizada pela SAE Brasil, KPMG e AutoData. As entrevistas contemplaram representantes da indústria e clientes, abordando desde o interesse de compra de um modelo 0 km até a disposição de aderir a planos de assinatura.

A pesquisa foi apresentada por Ricardo Bacellar, da SAE Brasil. Com relação à adoção de tecnologias de propulsão mais limpas, a maioria defendeu a necessidade de haver programas de incentivos do governo para quem quiser investir em veículos do gênero. Do total ouvido, 65,6% concordaram plenamente com essa premissa e 26,9% concordaram parcialmente.

Houve total pluralidade sobre quais seriam as fontes energéticas renováveis mais favoráveis para a realidade brasileira. Entre elas, o diesel verde prevaleceu, mas também foram destacadas a eletrificação, o hidrogênio e biometano, ou seja, há espaço no Brasil para que várias tecnologias na área de cargas convivam no futuro, o que também deve ocorrer no segmento de veículos leves.

No que diz respeito à intenção de compra de um caminhão novo, 27,3% disseram que pretender fazer a aquisição este ano e outros 22,3% nos próximos dois anos. Um terço dos entrevistados deixou claro que não pretende investir num veículo 0 km, dos quais 62 % são autônomos.

Sobre a intenção de considerar ofertas de locação como alternativa à compra de um caminhão, 45,5% disseram que sim, 21,5% se mostraram indecisos e 33% foram categóricos em dizer que não. Quanto às vantagens mais importantes para se optar pelo caminhão por assinatura, 33% responderam ser o maior fluxo de caixa e ter capital disponível para outros investimentos.

Na avaliação da maioria dos entrevistados (30,9%) o prazo ideal para o plano por assinatura é de 24 meses. Do restante, 21,8% responderam 12 meses e 24,5% falaram de 36 meses, enquanto a opção 48 meses foi escolhida por 7,3% e a de 60 meses por 14,5%.

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