O primeiro passo é promover a produção e o uso do hidrogênio de baixo carbono para diversas aplicações, incluindo, no transporte
Por: Karin Fuchs
Localizado nas instalações do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), no bairro Butantã, em São Paulo (SP), o Governo do Estado de São Paulo criou o Centro de Ciências para o Desenvolvimento de Energias Renováveis e Combustíveis do Futuro (CCD – ERCF); um centro de pesquisa avançada para promover energias limpas e contribuir com o combate às mudanças climáticas.
A principal missão do CCD é promover a produção e o uso do hidrogênio de baixo carbono, uma das soluções para a descarbonização, com aplicações que vão desde a geração de eletricidade até o uso em processos industriais e no transporte. Além disso, o hidrogênio de baixo carbono será essencial para atender às metas de sustentabilidade do Estado de São Paulo.
Investimento
Ao todo foram R$ 32 milhões investidos no projeto, que serão aplicados em infraestrutura, equipamentos, pesquisa e treinamentos. Do total de R$ 32 milhões, R$ 9 milhões foram financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), R$ 11 milhões do IPT e da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) e R$ 12 milhões de recursos financeiros da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação.
O CCD terá apoio técnico da Semil, que definiu o centro como estratégico junto à Fapesp e atuará no seu desenvolvimento, sob coordenação do IPT. O projeto avaliará diferentes aspectos da produção, armazenamento, transporte, distribuição, uso e regulamentação do hidrogênio de baixo carbono. “O IPT tem a responsabilidade de buscar alternativas que contribuam de forma significativa para a descarbonização global. Esse centro é um grande passo nessa direção”, afirmou Anderson Correia, diretor-presidente do IPT.
“Estamos em um momento crucial para investir na pesquisa e no desenvolvimento de tecnologias buscando inovações que no futuro farão parte da estratégia de mitigação das nações rumo à neutralidade de carbono. Com este projeto, estamos construindo as bases para um futuro mais limpo, seguro e sustentável”, declarou Marisa Barros, subsecretária de Energia e Mineração da Semil.
O CDT também faz parte de uma estratégia mais ampla do governo de São Paulo para apoiar iniciativas que promovam o uso de energias renováveis e reduzam a emissão de gases do efeito estufa, como o biometano. De acordo com um estudo desenvolvido pelo Governo de São Paulo com a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), com a adoção de incentivos, investimentos e políticas de fomento, o setor pode contribuir para a redução dos gases de efeito estufa e gerar mais de 20 mil empregos com o aumento da produção desse combustível renovável.