Sandro Trentin, CEO da Schulz S.A., revela os pilares que sustentam o sucesso de uma das líderes em compressores industriais e fornecedor dos principais fabricantes de veículos comerciais, abordando tecnologia, expansão internacional e compromisso com o ESG
No podcast que teve como convidado Sandro Trentin, CEO da Schulz, gravado diretamente do estande do Balcão Automotivo na Automec 2025, ele compartilhou a trajetória da empresa, os planos para o futuro, as recentes aquisições e os pilares que sustentam a atuação da Schulz no mercado automotivo e industrial.
Com mais de 36 anos de carreira, Trentin iniciou sua trajetória como aprendiz no Senai. Formado em engenharia mecânica, com especialização em automação industrial e pós-graduação em Harvard, passou por grandes grupos como Randon e Keko. Na Schulz, como CEO, assumiu o desafio de liderar a evolução da governança corporativa e executiva, com foco em crescimento sustentável.
“A Schulz atua em duas verticais: compressores e automotiva. A divisão de compressores, que representa cerca de 25% do negócio, atende desde a indústria até oficinas e usuários finais. Já a área automotiva, mais representativa, foca em fundição, usinagem, pintura e montagem de peças para veículos comerciais, máquinas agrícolas, construção civil, setor eólico e o mercado de reposição — um segmento em expansão contínua”, disse o CEO da Schulz.
Entre as aquisições recentes, destaca-se a Janus & Pergher, ampliando a atuação da Schulz para a produção de biometano, oxigênio e nitrogênio, com aplicações em hospitais, indústrias e alimentos. Na fundição, a aquisição da unidade de ferro da antiga Wetzel aumentou a capacidade produtiva para 165 mil toneladas/ano, com meta de alcançar 200 mil.
A empresa é destaque em ESG: Entre 80 a 100% da matéria-prima vêm de sucata reciclada, com reaproveitamento total ao fim da vida útil das peças. A matriz energética combina 50% de autoprodução solar e 50% de fonte eólica, eliminando emissões de carbono. Também desenvolve ações sociais como o reaproveitamento de uniformes por comunidades quilombolas. No campo da inovação, a Schulz investe em ferros fundidos de alta resistência e baixa emissão de CO2 : enquanto a média europeia gera mais de 1 tonelada de CO2 por tonelada fundida, a Schulz emite apenas 245 kg. Já a Schulz Tech, sua startup de tecnologia, desenvolve soluções de telemetria, sensores para controle de pneus, gerando economia no transporte e uma melhor gestão de frotas. Já no aftermarket a empresa conta com mais de mil itens no portfólio de reposição, “a Schulz é uma das marcas de referência do mercado há mais de 15 anos, mantendo crescimento médio de 20% a 25% ao ano”, contou Sandro Trentin, que encerrou com um convite a novos distribuidores para integrar essa jornada de inovação e excelência industrial.