BA|212 Uma corrida contra o tempo

“O tempo é muito lento para os que esperam. Muito rápido para os que têm medo. Muito longo para os que lamentam. Muito curto para os que festejam. Mas, para os que amam, o tempo é eterno”. William Shakespeare

Por Valtermário Rodrigues

Restavam apenas dez voltas para o final de uma corrida de Fórmula 1. Ocupando a segunda colocação, o piloto precisava tirar uma diferença de cinco segundos para ter chances de tentar a ultrapassagem, vencer a prova e conquistar o campeonato: uma verdadeira corrida contra o tempo.

O termo “Correr contra o tempo” se refere ao tempo curto que todos temos. É geralmente utilizado quando queremos nos referir à chegada em algum lugar, podendo ser o êxito profissional, amoroso, uma reunião, um encontro, entre outros.

O tempo é, também, uma questão de circunstâncias, imagine uma partida de futebol, dois times, dois objetivos distintos: Com trinta e cinco minutos de jogo, no segundo tempo, um dos times precisa vencer para ser campeão. O adversário, para ser campeão, apenas o resultado de empate é o suficiente. Para o time que precisa vencer, o tempo parece correr. Quanto mais tempo o árbitro estender após os quarenta e cinco minutos, melhor; diferente do time que precisa apenas do empate, que torce para que os dez minutos que faltam para completar o tempo regulamentar, passem como um foguete.

O mês que fecha o primeiro semestre do ano traz comemorações como o “Dia Mundial do Meio Ambiente” e, também, as festividades ligadas às tradições religiosas das Festas Juninas.

Por falar em tempo, junho é o mês que contém o dia com mais horas de luz do dia, no hemisfério norte, denominado solstício de verão, bem como o dia com menos horas de luz do dia, no hemisfério sul, (excluindo as regiões polares em ambos os casos), o solstício de inverno. É o sexto mês do calendário gregoriano e tem 30 dias. O seu nome é derivado da Deusa romana Juno, mulher do Deus Júpiter.

Alguns fatores podem prejudicar a nossa produtividade, os denominados sabotadores do tempo, podemos citar: a baixa autoestima; o pensamento negativo; a busca constante pela perfeição; ser prestativo a ponto de colocar as necessidades do outro em primeiro plano; a zona de conforto; a procrastinação e, cada dia mais, o tempo gasto em redes sociais.

Como diria Mario Quintana, “nós somos escravos do tempo. Só os poetas, os amantes e os bêbados podem fugir por alguns instantes. Ah, e as crianças. As crianças sempre ignoram”. Estamos sempre, numa correria desenfreada. Corremos contra o tempo, por exemplo, para entregar resultados no trabalho, dentre tantas outras situações do dia a dia. Outro exemplo recente foi a corrida dos cientistas contra o tempo, durante a pandemia, para o desenvolvimento de vacinas capazes de conter o avanço do coronavírus.

“Todo tempo não é um”, assim dizia a minha saudosa tia avó Maninha, se referindo ao comportamento e atitudes do ser humano, que nos dias atuais não fazem mais sentido. O ser humano, portanto, vive em um processo de constante evolução. Aqueles que se negam acompanhar as mudanças, acabam ficando pra trás e são atropelados pela velocidade das mudanças em todos os sentidos, principalmente a evolução tecnológica.

A expressão “perder o timing” corresponde à sensibilidade que leva alguém a entender o melhor momento para realizar alguma coisa ou para fazer as coisas acontecerem. Como mostra o ditado popular utilizado em outros artigos: “cavalo selado só passa uma vez”.

Ainda sobre o tempo, há pessoas que correm e aquelas que entendem que “a pressa é inimiga da perfeição” e que “devagar se vai ao longe”. O mais importante é não parar no tempo, afinal, como diz o trecho da música de Cazuza: “O tempo não para. Não para não, não para”, portanto, deixar para depois, depois e depois, o tempo acaba passando e não tem volta.

Mario Quintana, em seu poema

“O tempo”, escreveu:

 “A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.

Quando se vê, já são seis horas!

Quando se vê, já é sexta-feira! Quando se vê, já é Natal…

Quando se vê, já terminou o ano…

Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida.

Quando se vê, passaram 50 anos!

Agora é tarde demais para ser reprovado…”.

A canção “tempo perdido”, de Legião Urbana, diz que não temos mais o tempo que passou, mas que temos muito tempo. “Temos todo o tempo do mundo”. O problema é que não sabemos quanto tempo nos resta de vida.

É importante sabermos administrar o nosso tempo, ter controle sobre a sua rotina, organizar as tarefas, estabelecer prioridades, fazer bom uso do calendário, com planejamento de metas e objetivos, sem procrastinar.

Previsão do tempo: ele está passando, a vida é bela e muito rápida, não podemos passar pela vida em vão, precisamos construir algo, deixar algum legado.

Aguardem o artigo do próximo mês. Calma! Nada de ansiedade (Rsrsrsrs). Um mês passa rapidinho, tão rápido que vou precisar correr contra o tempo para definir e escrever um tema bem interessante para aproxima edição.

Até breve!

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